quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Façam um favor a voces mesmos e não leiam este texto.

Tempo faz que aqui deixei meu ultimo contributo e um semestre faz desde que entrei para a tão prestigiada Faculdade de Economia da Universidade do Porto, tal como o FAR entrou para Medicina, pobre rapaz, quanta pena tenho dele.

Ai como muda a nossa vida, agora por entre exames e frequências (para os quais devia estar a estudar neste preciso momento) ainda noto mais a diferença, já não se aplica a boa táctica de estudar na véspera, depois dos Simpsons, para os mais leigos, começa as 20:40 na FOX, jamais voltarei a minha escola, até porque entrou em obras e nunca mais será a mesma tal como eu quando de casa saí para aqui me instalar, numa cidade denominada Invicta.

Quão esquisito é não ter a minha mãe para me ir buscar a roupa suja ao quarto (menino betinho que não mexia o cargueiro nem para por a mesa) agora levo sacos de roupa para casa e trago roupa lavada. Como me custa domingo sair de casa em direcção a uma cidade que outrora era a minha eleita para qualquer expedição comercial ou turística de curta duração, não fosse também eu do grande clube da cidade, ao qual pensava também vir a ser assíduo espectador, vá... Fui uma vez.

Ao menos daqui vê-se o mar. Ao longe é certo, mas não tão longe como as derivadas estão do meu saber. Que coisas escrevo quando bebo 2 bebidas energéticas seguidas, devia era ir estudar, epá e não leiam este texto, é só uma forma de eu passar um bocado de tempo e fazer sentir-me melhor, coisa que não está a resultar, talvez seja melhor parar.

Não tive uma ideia melhor, vamos falar de carros, a mais que não seja para encher até porque sei que ninguém se deu ao trabalho de continuar a ler até aqui e se leu, posso pedir ao meu colega blogueiro e futuro medico, para indicar o melhor caminho a seguir, apesar de se alguém ler até aqui o mais provável é que seja ele. Ainda não falei de carros, mas comprei um sistema de som que me consegue fazer deixar de ouvir o pensamento, muito bom para quando me encontro com melancólicos pensamentos de faculdade que levariam à depressão a Tia mais fraca. Sim, porque me encontro na faculdade para poder um dia mais tarde ter um carro que me permita andar muito depressa. Que coisa feia de se dizer, grande objectivo de vida.

No entanto, penso... que mais sei agora do que quando cheguei a faculdade? Pouco mais que alguns valores praxísticos. nem sei se deva falar aqui disso, o melhor mesmo é não, falo antes da minha querida namorada para a qual já aqui escrevi, a mais de meio ano e já lá vai dois anos e mais que meio.

Ah é verdade, fiz 19 anos, tive um sentimento esquisito que estava a ficar velho. por todas a razões acima referidas. Como é que vou acabar este texto, ou conjunto de palavras. Isto não faz sentido nenhum, over

sábado, 9 de janeiro de 2010

de nós para ti

Só haverá uma coisa que nunca te escreverei. O amor. Aquele que sinto por ti. Não por ser pequeno, insignificante. É demasiado grande, é a minha alma toda, mais toda aquela que porventura deixei para trás. Sou eu, e és tu comigo. Somos os dois. E por sermos os dois nesse meu amor por ti, nunca o poderei escrever com os meus dedos sem ter os teus nos meus. Não o posso nunca escrever. Não consigo. Ultrapassa-me, em todas as barreiras que coloquei no caminho. E foste tu que as saltaste, e só tu me podes falar delas, agora. Não consigo. Porque não sou eu no amor, és tu em mim que cria o amor. Não posso ter amor sem te ter a ti. Não posso ter amor, tendo outra pessoa qualquer. Só tu crias o amor, e escolheste o meu corpo para ser o receptáculo desse teu amor. Ele é teu, mas eu tomei a liberdade de o tomar como parte de mim. Peço que me perdoes. Que me perdoes por tirar algo que é teu, de me apoderar da tua criação em mim.
Nunca te poderei falar de amor. Descrever-to. É estupidez falar da criação ao criador. Falar-te-ia de partes quando o conheces todo, de cor. Falar-te-ia de mim, quando não sou eu, mas tu o amor.
Porque o amor não depende de mim, nem nada que faça criará amor. Apenas tu decides onde nascerá o amor, e nas céu em mim.
Escreveram que o amor é a soma de todas as coisa belas, se não o fizeram pensaram em fazer. Mas o amor não é apenas as coisas belas todas juntas, isso daria apenas um monte de coisas que já não são belas. O amor é o mundo contigo. O amor é ver o mundo e tu nele, seja aqui ou no Sudão, Paquistão, e todos esses países onde provavelmente nunca entrarás. E por isso não se vê lá o amor.
Disse que o amor está comigo. Mas não está. Apenas a sua lembrança permanece em mim. Apenas pegadas, vestígios das marcas desse amor. Porque tu o levas, podendo cria-lo em quem quiseres. E nesse medo, medo que voltes sem esse amor, sem essa água que me rega, nesse medo afogo-me. Afogo-me todos os dias que não te vejo.
Por isso, hoje, afogo-me sem ti. Anseio a tua chegada. E com ela a criação do teu amor em mim. Porque o crias sempre de novo. E por isso o amor é sempre uma coisa nova. E por isso nunca te poderei falar desse amor.


(...)