segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

é natal, é natal

Este fim-de-semana fui à praça. À feira. Não sei quanto a outras pessoas, mas eu gosto de lá ir. É engraçado como as pessoas competem para levar a melhor camisola do monte da tenda do feirante. Interessante é essas pessoas quererem esconder que lá vão. ou então se dizem que vão ao mercado é por causa da fruta e dos legumes.
Não percebo o porquê de tão pouco à vontade em relação à feira. A feira não é nada mais nada menos que um centro comercial com publicidade. Os próprios feirantes encarregam-se disso. E, com uma panóplia de slogans, tentam atrair o máximo de compradores envergonhados, que não gostam de estar lá mais de cinco minutos com medo de serem reconhecidos pelos colegas de trabalho.
Mas este fim-de-semana foi uma feira muito mais intensa. Uma vez que se aproxima a quadra natalícia, e com ela todos aqueles sentimentos de paz, amor, fraternidade, compaixão, partilha, e por aí fora. Isto leva-nos a pensar que s pessoas passam a ir mais vezes às igrejas para que possam recarregar os stocks desses sentimentos.Mas não. As pessoas passam é a ir mais vezes ao centro comercial. E não é ao mais próximo, porque aí qualquer mísero mortal vai, é ao do Porto, de Coimbra, e às vezes de Lisboa. Eu não discordo que a época é propícia a compras: os preços sobem, há mais gente em cada loja a experimentar e a querer pagar, o que nos leva a demorar meia-hora para pagar uma gravata para o nosso pai, e mais coisas das quais agora não me recordo.
Esperem. Não parem já de ler. Eu sei que toquei no equivalente ao caso maddie, mas do Pai Natal. Mas não consegui evitar. todos falamos do consumismo que retira todo o sentido à festa religiosa, e todos apresentamos argumentos válidos e suficientes para que toda a gente mude de comportamento, mas quando chega a hora de decidir entre comprar uma prenda para filho e outra para uma criança necessitada, perferimos dar duas ao nosso filho. Nada que me alegre mais, porque com toda a população, eu também sou filho de alguém. contudo não me importava de ter menos pão na mesa de natal para que alguém que, em princípio não íria ter nenhum, tenha algum para comer.

4 comentários:

Catarina disse...

um menino rei com sentido de humor muito sarcástico!

quanto ao texto ... só tenho a dizer que concordo com tudo, apesar de encontrar justificação para tudo:
1ª opá, ir à feira? fogoo isso é para pobres! eu vou ao mercado, querido (com sotaque de cascais). hoje as pessoas preocupam-se mais se hoje trazem uma camisola Yves Saint Laurent ou se as cuecas sao da Gucci, do que propriamento se o coração é da Lacoste. É pena que ninguém se preocupe em ter um coraçao da marca mais cara que há, do tecido mais puro que há, com linhas simpaticamente elaboradas. enfim...
2º é tão bom ficar sentado no sofá no quentinho do que dispensar uma noite de natal ( e faz tanto frio lá fora) para percorrer as ruas e distribuir sorrisos quentes pelos sem-abrigo.

apesar de criticar profundamente o 2º ponto, confesso que também sou um pouco conformista e só faço serviço em prol dos outros nos dias antes do natal. o que já não é mau ...


kiss kiss

Anónimo disse...

muito bem...gostei!

Anónimo disse...

Gostei do texto*
Dos melhores do blog sem duvidaa.
Visto que so' o menino escreve no blog quero.lhe dar os parabes por ainda conseguir que venha ca' alguem..=D

Beijos e desde ja' lhe desejo um Bom Natal!

Anónimo disse...

GOSTEI SIM SENHORA.. disses te coisas mto verdadeiras neste texto..=) tas de parabens. beijinho