terça-feira, 12 de maio de 2009

caprichos

A disfarçada experiência, apresentada pelas rugas de alguém que não as devia ter. As amarguras fluem pelos seus vales, segregando todas as terríveis experiencias que já viveu.
Tudo isto ele viu. Tudo isto ele sentiu, saboreou e concluiu. Aquela criança, a olhar para quem passava peneirando as suas roupas e ignorância. Tinha os olhos dos anjos, o aspecto dos demónios. Caprichos de uma afortunada vida. A personagem sentada num inexistente balde do passeio olhou-o nos olhos.
Apeteceu-lhe agarrar-lhe as mãos, puxá-la para si. Protege-la, ama-la. Dizer-lhe o que era a vida. Que também tinha bons momentos. Partilhar bons momentos com ela. Ser a causa dos bons momentos.
Mas a multidão levou-o. Levou a oportunidade de fazer uma pessoa feliz sendo feliz.
Caprichos de uma afortunada sociedade.
Um carro, cegado pelo sol, invadiu o passeio momentos após ele passar. Depois as pessoas param. Depois todos param. Mas não o deixaram parar. Invadiu o INEM. Ela invadiu o hospital acompanhada com anjos que a levariam para o leito da morte. O mesmo leito onde fluíam amarguras.

2 comentários:

Verinha disse...

Gosto muito do fim do texto:D:D
E o tema é bom!

Faça um texto fraco sff.. E' o pedido de uma fã.
BeijinhO*

Catarina. disse...

Eu gostei de todo o texto, mas gostei menos da parte final. Acho que a parte do INEM tirou a beleza do inicio ameno!

LOL

Bjnhs :D